Moçambique enfrenta crescente onda de feminicídios sem respostas adequadas

Nos últimos anos, Moçambique tem sido palco de uma alarmante onda de assassinatos de adolescentes, jovens e mulheres, muitas vezes cometidos por indivíduos próximos às vítimas ou com motivações sexuais. Esses crimes, frequentemente classificados como feminicídios, refletem uma banalização da violência de gênero e uma falha das instituições responsáveis pela segurança e justiça.

É inconcebível que, diariamente, famílias recebam a notícia de que suas filhas foram brutalmente assassinadas por predadores que agem movidos por desejos insanos. A sociedade moçambicana e suas instituições judiciais e policiais precisam refletir profundamente sobre seu papel na proteção das mulheres e no combate a essa epidemia de violência.

Não faz sentido que, em um país onde há mais mulheres que homens, jovens e mulheres continuem sendo vítimas de violência sem que haja uma reação efetiva do governo, da polícia ou do sistema judiciário. É urgente que sejam implementadas mudanças significativas na legislação e nas políticas públicas para combater o feminicídio e garantir a segurança das mulheres em todos os aspectos da vida cotidiana.

É necessário que haja um movimento nacional de repúdio, prevenção e mudança na legislação contra o feminicídio e crimes relacionados. Campanhas de conscientização e ações concretas são essenciais para reverter esse cenário e garantir que as mulheres moçambicanas possam viver sem medo de violência.